sexta-feira, 2 de setembro de 2011

Desafios da profissão de intérprete

Uma reportagem no site do Terra me chamou atenção. Fala do desafio da intérprete da Câmara Municipal de Campinas ao traduzir as inúmeras sessões que o impeachment do prefeito suscitou. Quem quiser conferir a reportagem segue o link da página:

Hino Nacional em Libras

Estava no youtube olhando uns videos de interpretação do Hino Nacional em Libras e me deparei com uma discussão sobre a apresentação do hino em Libras. Algumas pessoas defendem que o Hino Nacional Brasileiro, como sendo um símbolo pátrio, não pode ser modificado, ou seja, não é possível ter um hino oficial em Libras. Outros acham que o surdo tem direito à interpretação do hino e que esta não deve ser um português sinalizado, mas sim a tradução do mesmo na Libras. Entendendo o surdo como um sujeito bilingue, brasileiro, deve ter o direito de interpretação do hino, no entanto, em apresentações oficiais deve respeitar a apresentação do Hino na Lingua materna do país e na qual foi criado, na Língua Portuguesa. Mas é claro, o surdo deverá ter o direito a versão escrita ao mesmo tempo da versão oral.

quarta-feira, 22 de junho de 2011

Tradutor e Intérprete da Lingua Brasileira de Sinais: quem ele é? o que ele faz?....

Estou divulgando a lei sancionada pelo Governo que regulamenta a profissão do Tradutor e Interprete da Lingua Brasileira de Sinais. Esse profissional é de extrema importância para que a educação de surdos seja mais qualificada e para que os surdos tenham garantido o direito de usar sua língua materna (Libras). Sabe-se que esta profissão vem ganhando sua devida importância, principalmente pela luta da comunidade surda, mas ainda temos muitos surdos incluídos em escolas regulares que não contam com a presença do intérprete.

PODER LEGISLATIVO - LEI Nº 12.319 DE 01.09.2010

D.O.U.: 02.09.2010

Regulamenta a profissão de Tradutor e Intérprete da Língua Brasileira de Sinais - LIBRAS.

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA

Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:

Art. 1º Esta Lei regulamenta o exercício da profissão de Tradutor e Intérprete da Língua Brasileira de Sinais - LIBRAS.

Art. 2º O tradutor e intérprete terá competência para realizar interpretação das 2 (duas) línguas de maneira simultânea ou consecutiva e proficiência em tradução e interpretação da Libras e da Língua Portuguesa.

Art. 3º ( VETADO)

Art. 4º A formação profissional do tradutor e intérprete de Libras - Língua Portuguesa, em nível médio, deve ser realizada por meio de:

I - cursos de educação profissional reconhecidos pelo Sistema que os credenciou;

II - cursos de extensão universitária; e

III - cursos de formação continuada promovidos por instituições de ensino superior e instituições credenciadas por Secretarias de Educação.

Parágrafo único. A formação de tradutor e intérprete de Libras pode ser realizada por organizações da sociedade civil representativas da comunidade surda, desde que o certificado seja convalidado por uma das instituições referidas no inciso III.

Art. 5º Até o dia 22 de dezembro de 2015, a União, diretamente ou por intermédio de credenciadas, promoverá, anualmente, exame nacional de proficiência em Tradução e Interpretação de Libras - Língua Portuguesa.

Parágrafo único. O exame de proficiência em Tradução e Interpretação de Libras - Língua Portuguesa deve ser realizado por banca examinadora de amplo conhecimento dessa função, constituída por docentes surdos, linguistas e tradutores e intérpretes de Libras de instituições de educação superior.

Art. 6º São atribuições do tradutor e intérprete, no exercício de suas competências:

I - efetuar comunicação entre surdos e ouvintes, surdos e surdos, surdos e surdos-cegos, surdos-cegos e ouvintes, por meio da Libras para a língua oral e vice-versa;

II - interpretar, em Língua Brasileira de Sinais - Língua Portuguesa, as atividades didático-pedagógicas e culturais desenvolvidas nas instituições de ensino nos níveis fundamental, médio e superior, de forma a viabilizar o acesso aos conteúdos curriculares;

III - atuar nos processos seletivos para cursos na instituição de ensino e nos concursos públicos;

IV - atuar no apoio à acessibilidade aos serviços e às atividades-fim das instituições de ensino e repartições públicas; e

V - prestar seus serviços em depoimentos em juízo, em órgãos administrativos ou policiais.

Art. 7º O intérprete deve exercer sua profissão com rigor técnico, zelando pelos valores éticos a ela inerentes, pelo respeito à pessoa humana e à cultura do surdo e, em especial:

I - pela honestidade e discrição, protegendo o direito de sigilo da informação recebida;

II - pela atuação livre de preconceito de origem, raça, credo religioso, idade, sexo ou orientação sexual ou gênero;

III - pela imparcialidade e fidelidade aos conteúdos que lhe couber traduzir;

IV - pelas postura e conduta adequadas aos ambientes que frequentar por causa do exercício profissional;

V - pela solidariedade e consciência de que o direito de expressão é um direito social, independentemente da condição social e econômica daqueles que dele necessitem;

VI - pelo conhecimento das especificidades da comunidade surda.

Art. 8º ( VETADO)

Art. 9º ( VETADO)

Art. 10. Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.

Brasília, 1º de setembro de 2010; 189o da Independência e 122º da República.

LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA

Luiz Paulo Teles Ferreira Barreto

Fernando HaddadCarlos Lupi

Paulo de Tarso Vanucchi

domingo, 12 de junho de 2011

Mafalda nos faz pensar sobre a avaliação da aprendizagem!!!!!!

Encontrei essa tirinha da Mafalda e achei interessantíssima para nós educadores pensarmos nos danos que uma avaliação engessada pode causar na aprendizagem do nosso aluno e principalmente no seu interesse pela escola.